DFFCULDepartamento de Física, FCUL    

Disciplinas


   Licenciatura em Física
 

Regente  Relatividade e Cosmologia
Prof. Dr. Paulo Crawford
crawford@cosmo.fis.fc.ul.pt    
 
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Programa

Para um nº Total =45 Horas de Aula
Próximo Tópico] 

  1. RELATIVIDADE RESTRITA E ESPAÇO-TEMPO PLANO

    Horas de Aulas=14
    1. Coordenadas e Observadores Inerciais: Postulados da RR. O efeito de Doppler e a dilatação do tempo. Dedução das transformações de Lorentz. A adição de velocidades.  (2 Aulas)
    2. Espaço-tempo de Minkowski: Intervalo do espaço-tempo e cone de luz. Pares de acontecimentos e estrutura causal.  Diagramas de Espaço-tempo: Dilatação do tempo e contracção dos comprimentos. (2 Aulas).
    3. Simetrias do Espaço-tempo plano: Grupo de Lorentz e Grupo de Poincaré  (1 Aula)
    4. Objectos geométricos: Vector tangente a uma curva, covectores, a métrica; vectores temporais, espaciais e nulos.  Convenção de soma. (1 Aula)
    5. Dinâmica Relativista: 4-vector momento linear. Leis de conservação. Decaímentos e Colisões de Partículas. Nota sobre o referencial do momento zero. (1 Aula)
    6.  Força e Aceleração: 4-Vectores força e aceleração. Massa transversal e massa longitudinal. Aceleração própria, movimento hiperbólico, coordenadas de Rindler, referencial móvel transportado por um observador uniformemente acelerado; Transporte de Fermi-Walker. (2 Aulas)
    7. Tensores: Produto tensorial. Leis de transformação; contracção; propriedades de simetria; o tensor electromagnético; o tensor de Levi-Civita. Vectores polares e vectores axiais. Tensores relativos e densidades tensoriais. (2 Aulas)
    8. Diferenciação: Espaço-tempo como variedade diferenciável. Funções e gradientes de funções. Bases duais. Campos tensoriais e suas derivadas dirigidas. (1 Aula)
    9. Equações de Maxwell e sua Formulação Covariante: Equações de Maxwell. Formas diferenciais. Operação dualidade de Hodge. (1 Aula)

       
  2. A MATEMÁTICA DO ESPAÇO-TEMPO CURVO

    Horas de Aulas=9
    1. Introducção às variedades diferenciáveis: A variedade espaço-tempo, definição de Veriedade; Exemplos; Variedade diferenciável. (1 Aula)
    2. Objectos Geométricos: Curvas e funções definidas numa variedade. Vectores como operadores de derivação; bases coordenadas; campos vectoriais e suas curvas integrais.Tensores, campos tensoriais e congruências; tensor métrico.Tensores totalmente antissimétricos; coordenadas de Riemann normais; densidades tensoriais. Formas volume e integração. (2 Aulas)
    3. Conexões: Derivada Covariante e Conexões Lineares. (1 Aula)
    4. Tensor torsão: Conexões simétricas, compatibilidade entre métrica e conexão. (1 Aula)
    5. Transporte Paralelo: Geodésicas, parâmetros afins; a aplicação exponencial. (1 Aula)
    6. Tensor curvatura de Riemann: Propriedades de simetria;Tensor de Ricci e de Einstein, tensor de Weyl. Desvio Geodésico, tetradas e bases não-coordenadas. (2 Aulas)
    7. Espaços com Curvatura Constante: Curvatura seccional. Curvatura Gaussiana. Máxima Simetria. (1 Aula)

  3. EQUAÇÕES DE EINSTEIN

    Horas de Aulas=8
     
    1. Gravitação: Princípio de Equivalência e Referenciais de Lorentz Locais (RLL). Desvio para o vermelho gravitacional. Relação entre gravitação e curvatura. (1 Aula)
    2. Equações de Einstein: Equações de Einstein para o vácuo. A acção de Hilbert-Einstein. (2 Aulas)
    3. Condições de Energia:  Identidades de Bianchi e conservação local da matéria. Equações da gravitação com matéria e outros campos. (2 Aulas)
    4. Campos gravitacionais fracos: O limite dos Campos Fracos; A invariância de "gauge" e a "gauge" harmónica. Equações de Einstein linearizadas. (1 Aula)
    5. Radiação gravitacional: Ondas gravitacionais planas. "Gauge" transversa. Fontes de radiação gravitacional. Energia emitida. (2 Aulas)

       
  4. SOLUÇÃO DE SCHWARZSCHILD E BURACOS NEGROS

    Horas de Aulas=8
     
    1. Métrica de Schwarzschild: Geometria dum campo gravitacional estático com simetria esférica. Teorema de Birkhoff. Geodésicas. Órbitas: Newtonianas versus Relativísticas.  (2 Aulas)
    2. Testes Experimentais da RG: O avanço do periélio do Mercúrio, o encurvamento dos raios luminosos e o desvio gravitacional para o vermelho. (2 Aulas)
    3. Buracos Negros: O horizonte de acontecimentos. Partícula em queda livre radial. Forças de maré num buraco negro. Órbitas circulares. Coordenadas de Eddington-Finkelstein. Coordenadas de Kruskal. (2 Aulas)
    4. Formação de Buracos Negros. Equações da gravitação com matéria e outros campos. Buracos Negros carregados. Censura Cósmica. Buracos Negros Extremos. Buracos Negros em Rotação. Tensores de Killing. Processo de Penrose. Termodinâmica dos Buracos Negros. (2 Aulas)

  5. COSMOLOGIA RELATIVISTA

    Horas de Aulas=6 
     
    1. Simetria e Geometria: homogeneidade espacial e isotropia do Universo.  Observadores comóveis; Postulado de Weyl. (1 Aula)
    2. Métrica de Robertson-Walker: Geometria dos espaços 3-dimensionais de curvatura constante. Equações de Friedmann e de Raychaudhuri; Evolução do factor de escala. Modelos de Friedmann e Modelos de De Sitter.
      (2 Aulas)  
    3. Parâmetros Cosmológicos: Definições de distância em cosmologia. Desvio para o vermelho.  A Lei de Hubble e a idade do Universo. (1 Aula)
    4. As Dificuldades do Modelo Padrão:  Horizontes de acontecimentos e de partícula em cosmologia. O problema da "missing matter".   Universo primitivo e cenários  inflacionários. (2 Aulas)

       

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Bibliografia

Livros Recomendados  

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Comentários sobre a Bibliografia

Indica-se em seguida a maior ou menor relevância, de cada um dos livros recomendados para os vários capítulos do programa:


A quem se destina esta disciplina?

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O presente programa de "Relatividade e Cosmologia'' foi elaborado para uma disciplina do 2º semestre do 4º ano da licenciatura em Física, que funciona no Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

A "Relatividade e Cosmologia" é uma disciplina de opção, regularmente frequentada por uma elevada percentagem dos alunos do 4º ano. Alguns desses alunos prosseguem estudos de pós-graduação nas áreas da Relatividade e Cosmologia, Astrofísica ou Física de Partículas e Teoria do Campo. Como disciplinas de pós-graduação poderão então encontrar a disciplina de "Cosmologia", do Mestrado em Astrofísica, ou a disciplina de "Tópicos Avançados de Gravitação", do Mestrado em Física (Altas Energias e Gravitação). Estas disciplinas podem considerar-se duas diferentes sequências da "Relatividade e Cosmologia". Assim, procura-se que haja uma articulação entre a disciplina da Licenciatura e as dos Mestrados, de modo a fornecer aos alunos uma formação adequada aos novos desenvolvimentos da Física Teórica e uma informação actualizada nos domínios da Cosmologia Moderna ou da Gravitação e suas relações com outras interacções.

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Razão de ser desta disciplina

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Passados mais de oitenta e cinco anos após o aparecimento da Teoria da Gravitação de Einstein, a Relatividade Geral, verifica-se o inevitável: a teoria é cada vez mais ensinada ao nível das licenciaturas dos cursos de física e de matemática. Apesar de ter sido durante muito tempo considerada uma teoria difícil e um pouco exotérica (sem aplicação aos restantes domínios da física e com muito poucos testes experimentais) vai-se tornando cada vez mais popular, ganhando um lugar seguro entre os curricula dos cursos de física e de matemática. A teoria pode hoje considerar-se acessível e um objecto de estudo sério e valioso para os estudantes de física e matemática, mesmo para aqueles que não pensam continuar estudos de pós-graduação e seguir uma carreira de investigação nos domínios da Gravitação.

A Física Gravitacional é hoje unânimemente reconhecida como uma ciência com duas fronteiras. Nas grandes escalas da
Astrofísica e Cosmologia é fundamental para a compreensão de alguns dos mais exóticos fenómenos do universo---buracos negros, pulsares, quasares, estado terminal das estrelas, e propagação das deformações da geometria do espaço-tempo a que chamamos ondas gravitacionais. Nas pequenas escalas está preocupada com a quantização da própria geometria do espaço-tempo, com a unificação de todas as forças, e com o estado quântico inicial do universo. O facto de ser uma ciência com duas fronteiras mostra que a física gravitacional é necessariamente uma ciência interdisciplinar fazendo a sobreposição da Astrofísica e da Cosmologia nas grandes escalas e das partículas elementares e da Física Quântica nas pequenas escalas.

Quanto ao carácter esotérico e marginal que era atribuido à RG no passado, pela sua reduzida aplicabilidade aos fenómenos do dia a dia, recordo a surpreendente aplicação da RG ao Sistema de Posicionamento Global (Global Positioning System) conhecido pelas iniciais em língua inglesa: GPS. Trata-se de um empreendimento construido com um orçamento de cerca de 10 biliões de dólares americanos, inicialmente destinado fundamentalmente à navegação militar, mas que hoje está transformado numa indústria com interesses comerciais avaliados em muitos biliões de dólares. O GPS inclui 24 satélites, em órbitas circulares em torno da Terra com um período orbital de 12 horas, distribuidos em seis planos orbitais fazendo entre si ângulos iguais. Cada satélite transporta um relógio atómico muito preciso. Com um pequeno receptor GPS que detecta emissões de rádio de qualquer um dos satélites que no momento se encontrar por cima da sua cabeça, um utilizador anónimo
poderá determinar a latitude, longitude e altitude com uma precisão que actualmente anda nos 15 metros, e o tempo local com uma precisão de 5 x 10-8 s. Para além das óbvias aplicações militares, o GPS encontra hoje aplicações nas
navegações aérea, marítima ou terrestre, tanto das grande empresas comerciais como dos particulares.

Como os satélites se deslocam em órbitas com grandes velocidades e a considerável distância da Terra, os seus relógios andam a um ritmo diferente dos relógios da Terra. A gravidade (RG) e a velocidade (Relatividade Restrita) contribuem com valores semelhantes para o desfasamento total entre os relógios da Terra e os dos satélites. O desfasamento resultante é tão grande que se não fossem feitas correcções isso provocaria erros de navegação que se iriam acumulando a um ritmo de mais de 10 km por dia. Assim, torna-se indispensável utilizar a relatividade para proceder a ajustamentos electrónicos nos relógios dos satélites e a correcções matemáticas nos computadores que fazem o cálculo da localização do utilizador. Os dados que aqui apresentámos foram obtidos no relatório sobre "Gravitational Physics: Exploring the Structure of Space and Time," elaborado pelo Committee on Gravitational Physics do National Research Council dos Estados Unidos, e publicado em 1999.

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Física Gravitacional na última década

[Próximo Tópico]

É extremamente elucidativo apresentar a lista das realizações desta área de investigação durante a última década, enumeradas no referido relatório, para ilustrar como a "expansão de oportunidades tanto na experiência como na teoria transformou a física gravitacional numa das áreas da ciência de hoje que é alvo de maior mudança." Algumas das realizações mais importantes são:

Física Gravitacional na próxima década

[Próximo Tópico]

Entre as oportunidades que a Comissão da Física Gravitacional (CPG) americana acredita poderem ser realizadas durante a próxima década, se os financiamentos adequados forem efectivamente disponibilizados, constam as seguintes:

Se estas oportunidades forem realizadas, o CPG espera que a investigação em física gravitacional na próxima década seja
caracterizada por (1) uma mais estreita integração da física gravitacional com a astrofísica, cosmologia e física de partículas, (2) experiências de maior vulto produzindo muitos mais dados e exigindo colaboração internacional, (3) uma mais estreita relação entre teoria e experiência, e (4) um papel mais alargado e mais importante da computação na física gravitacional.

Objectivos prioritários da Física Gravitacional

[Próximo Tópico]

Como consequência destas oportunidades, os objectivos prioritários da física gravitacional são os seguintes:

Recordo aqui afirmações feitas na introdução desta disciplina em anos anteriores:

"Paralelamente aos esforços de unificação, têm surgido ideias e modelos que lançam pontes entre disciplinas até há bem pouco tempo desligadas, cada uma delas desconhecida para os praticantes da outra, excepto para alguns espíritos iluminados, e que agora se encontram fortemente interligadas. Nenhum estudante de cosmologia ou física de partículas pode ser totalmente ignorante do outro campo. Uma dessas pontes é uma ideia originária das teorias de invariância de padrão que  pode muito bem ser importante para o entendimento das estruturas de larga escala do Universo. Trata-se da noção de defeito topológico. Existem várias espécies de defeitos, incluindo paredes, vórtices, monopolos, texturas, cordas cósmicas e combinações tais como paredes limitadas por cordas e cordas terminadas em monopolos. Entre os mais interessantes podemos colocar as cordas cósmicas que poderão estar na origem da formação das galáxias e dos enxames de galáxias. Este é pois um
conceito relevante para Astrofísicos, Cosmólogos e Físicos de Partículas.

As teorias unificadas têm outras características que as tornam extremamente atraentes para os relativistas e cosmólogos. Por um lado, os seus efeitos ter-se-iam manifestado somente durante os primeiros 10-12 s após o Big Bang, quando a energia média das partículas presentes era tão elevada que não se distinguiam as diferenças entre os vários campos. A diferenciação das interacções é assim uma consequência da expansão do Universo e do seu correspondente arrefecimento. Por outro lado, essas teorias prevêm novas partículas ainda não observadas. Estas partículas devem ter massas muito elevadas ou interagir muito fracamente com a matéria normal (quarks e leptões); caso contrário já teriam sido detectadas nos actuais aceleradores de partículas. Se forem estáveis, essas partículas hipotéticas são excelentes candidatos para o conteúdo invisível em matéria escura do Universo: acredita-se hoje que a matéria visível representa menos de 10% do conteúdo material do Universo.

O quadro aqui sumariamente descrito pretende acentuar a necessidade de ultrapassar as fronteiras habituais entre disciplinas, até há bem pouco tempo independentes, recorrendo a modernas técnicas de geometria diferencial que facilitam a
compreensão de alguns conceitos novos, capazes de estabelecer as pontes desejadas entre essas disciplinas. Um conhecimento de RG facilita essa tarefa pois fornece uma estrutura matemática onde facilmente se integram os novos conceitos geométricos."

A concluir este ponto, volto a acentuar que o conteúdo de uma disciplina de Relatividade e Cosmologia é, nos tempos que correm, um conhecimento essencial não só para um futuro Relativista, mas também para qualquer futuro Astrónomo, Físico de Altas Energias ou Físico Teórico, como ficou amplamente demonstrado acima.

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Objectivos da Disciplina

[Próximo Tópico]

Pelo que ficou dito atrás se conclui que a RG é uma pedra angular da Física Contemporânea e da Astronomia e, portanto, essencial na formação de qualquer estudante universitário de física. O objectivo desta disciplina é tornar esta teoria fundamental acessível a todos os estudantes da Licenciatura em Física, através de um ensino "inspirado na física", ao mesmo tempo que são introduzidos alguns conceitos de matemática moderna (geometria diferencial), e são feitas aplicações a alguns temas fundamentais como os Buracos Negros e a Cosmologia.

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Pré-requisitos

[Próximo Tópico]


Tratando-se de uma disciplina do 4º ano da licenciatura em Física, espera-se que os alunos que a frequentam tenham um conhecimento correspondente a:

Numa situação ideal, seria também desejável que os alunos possuissem conhecimentos elementares de Teoria de Grupos e de Geometria Diferencial. Em particular, alguma desenvoltura na manipulação de tensores adquirida, por exemplo, no estudo da Mecânica dos Fluidos, permitiria dispor de mais tempo para tratar com pormenor algumas das soluções exactas das equações de Einstein e temas recentes como ondas gravitacionais, buracos negros e cosmologia do Universo primitivo, que tanto despertam a curiosidade dos alunos. Porém, verifica-se que os alunos que frequentam esta disciplina nunca tiveram qualquer contacto com o Cálculo Tensorial e, por isso, o programa da Relatividade e Cosmologia tem de começar por suprir essa deficiência. Assim, antes de estudar as questões físicas associadas ao campo gravítico, tratado segundo a teoria da relatividade geral de Einstein, torna-se indispensável fazer uma introdução à teoria das variedades diferenciáveis, com especial relevo para as variedades Riemannianas e pseudo-Riemannianas.
 


Métodos de ensino e de avaliação

[Próximo Tópico]


O programa da disciplina baseia-se numa escolaridade de 15 semanas com 2h de aulas teóricas e uma aula  teórico-prática (1h30m) por semana.

Embora sejam recomendados alguns livros, e sugeridos outros,  o programa da disciplina é no essencial apresentado nas "Notas de Relatividade e Cosmologia" que estão disponíveis na Página Web da Disciplina, embora incompletas, e sujeitas a modificações ao longo do curso. Estas "Notas", que constituem o embrião de um livro a publicar oportunamente, têm beneficiado das críticas de várias gerações de alunos. Espero que neste semestre as "Notas" possam finalmente adquirir a forma adequada à sua publicação.

Os alunos são encorajados a fazer os problemas sugeridos no final de cada um dos capítulos das "Notas". Uma lista mais restrita será fornecida todas as semanas. Para além das aulas, os alunos poderão discutir com o professor as dificuldades e as dúvidas surgidas na resolução dos problemas ou na preparação da matéria teórica.

A avaliação será feita através da realização de 2 testes, que no conjunto cobrem toda a matéria, com questões semelhantes às propostas na lista de problemas facultada aos alunos, e de um trabalho final sobre um artigo de uma lista fornecida. Este sistema de avaliação não é obrigatório; os alunos poderão apresentar-se a exame final sem terem participado nos testes. Mas os testes são fortemente recomendados, como forma de propiciar uma avaliação contínua ao longo do semestre, em combinação com o trabalho. Os testes e os problemas contribuem de facto para a uma melhor participação dos alunos nas aulas durante o semestre, e para um melhor resultado no exame final. Os testes, têm um peso de 50% e o trabalho vale os restantes 50%.

Para os alunos que não participarem nos testes, ou não tiverem avaliação positiva, o exame final que incidirá sobre toda a matéria, será o único elemento de avaliação. Os alunos com nota de exame ≥ 8 poderão solicitar um exame oral.
 

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Discussão do Conteúdo do Curso

[Próximo Tópico]

O estudo da RG a um nível de licenciatura põe alguns problemas especiais. Antes de mais, o conteúdo do curso deve ser razoavelmente circunscrito. A um nível de mestrado ou de investigação pode ser necessário ou mesmo desejável que o curso tenda assimptoticamente para as fronteiras da teoria, para as questões mais difíceis e obscuras, atingindo mesmo aqueles temas onde a aplicação da teoria começa a ser discutível.

Num curso da licenciatura isso não é possível, o que significa que é necessário omitir algum material. É claro, a dificuldade está em conseguir um programa equilibrado--um tanto de material físico e matemático respeitável e o restante de estímulo--cuja receita dificilmente se pode prescrever e só a prática dirá se funciona.

Tendo em conta os objectivos já referidos e a razão de ser desta  disciplina, delineámos um programa cujo conteúdo tem uma dupla ambição: iniciar os alunos na Teoria da Relatividade Geral de Einstein e suas aplicações à Astrofísica e à Cosmologia, e facultar-lhes uma certa capacidade de manipulação dos novos métodos de geometria diferencial independentes de coordenadas. No que se refere a este último aspecto, salientamos o facto da maioria dos resultados serem apresentados sem demonstração e seguidos de aplicações à física.

Tendo isto em vista, o programa foi estruturado do seguinte modo:


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Como contacar o docente: Paulo Crawford (Ext; 28337), Sala 8.3.37 

Email: crawford@cosmo.fis.fc.ul.pt     letter.gif (14825 bytes)


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